História dos jardins
Jardim é um terreno onde se cultivam plantas ornamentais, úteis ou para o estudo, é também uma obra de arte, com elementos vivos e inertes, no qual o homem procura, nos momentos de lazer, um contato com a natureza. Estão presentes em todo percurso da história da humanidade e, certamente, em suas origens se vinculam à da própria agricultura, com a domesticação das primeiras plantas úteis, ainda na pré-história. Ao longo de toda história ocorre transformações que podem ser caracterizadas pelos estilos próprios de cada época e cultura.
É fundamental estudar a história dos jardins, porque ele é o reflexo do relacionamento humano com a natureza. A própria palavra jardim vem da junção do hebreu "gan"
(proteger, defender) e "éden" (prazer, delícia) e expressa de certa forma a imagem de um pequeno mundo ideal, perfeito e privativo. Portanto, os grandes jardins da história são como um vocabulário do desenho idealizado da paisagem, como cada civilização desejava que ela fosse. É sobre essa tradição que se assentam nossas práticas e posturas em relação à paisagem.
Pode-se observar que antes mesmo das primeiras civilizações, existiu o "Jardim do
Paraíso", onde Deus colocou Adão e Eva. Na Bíblia, o Éden é descrito como um parque que
“Deus plantou e onde se cultivavam árvores de todas as espécies agradáveis para se contemplar e alimentar". Assim, as árvores foram veneradas pela fertilidade, vitalidade e o alimento que representavam.
Os jardins começaram a fazer parte de muitas civilizações da antiguidade, e por todas elas tinham uma simbologia diferente, com base nisso pode-se considerar que existem pelo menos 5 estilos básicos de jardins, todos eles influenciados pelos antigos estilos e que sofreram evolução:
1. Jardim Clássico ou formal: caracteriza-se por apresentar linhas geométricas e simetria do traçado, círculos, retângulos, triângulos e semi-circulos combinam-se para compor uma paisagem desenhada com régua e compasso.