Simb
A saia verde, que é uma peça eminentemente feminina encontra-se associada à felicidade pois foi comprada numa terra de liberdade: Paris, no Inverno, com o dinheiro da venda de duas medalhas.
É um símbolo de esperança, da superação da violência e da repressão, da defesa da liberdade.
Traduz o amor verdadeiro e redentor, capaz de conduzir a personagem a superar o seu estado de revolta e a comunicar aos outros, apáticos e indiferentes, o futuro, a esperança.
Sugere a tranquilidade e a felicidade do reencontro de Matilde com o General Gomes Freire, embora numa outra dimensão, ou num futuro diferente.
Pela cor, simboliza ainda a fertilidade, a vida e a renovação da Natureza, que conduzem à noção de imortalidade (a mensagem de liberdade do general poderá, afinal, tornar-se válida nos séculos vindouros).
Tambores e Sinos (p.17, 71, 73 e 77)
Estes representam a repressão militar e policial que desagrega e aniquila, traduzem a morte, a violência e a intimidante perseguição a que o povo era sujeito para não pôr em causa a autoridade tirânica dos governadores Traduzem também a hipocrisia e a corrupção de todos os que traem para obter favores do regime, como Vicente, «um provocador em vias de promoção».
Traduzem o perverso envolvimento da Igreja nos assuntos do Estado, contribuindo para a repressão imposta sobre o povo (anunciam a morte de Gomes Freire);
Contribuem para a denúncia da deturpação da mensagem evangélica ao serviço de interesses mesquinhos e materiais.
Relógio de bolso e colete (p.17)
Sinais de riqueza, a que os populares fazem referência de forma irónica e sarcástica, para demonstrarem a grande dicotomia existente entre pobres e ricos;
Cadeiras (p.47, 121)
Três cadeiras pesadas e ricas com aparência de tronos, símbolos do poder político exercido por D. Miguel Forjaz, do poder militar exercido por Beresford e do poder religioso exercido pelo Principal Sousa; símbolos da regência dos “reis do Rossio”;
Púlpito (p.74) Símbolo do