Sifilis
1 NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
A prevalência da sífilis em gestantes e na população adulta em geral ainda é muito elevada. A sífilis congênita resulta da infecção intra-útero do feto pela sífilis, decorrente da transmissão vertical da infecção, da mulher para o concepto, durante a gestação. Pode resultar em abortamentos, perdas fetais tardias, óbitos neonatais, recém-natos enfermos ou assintomáticos, que podem evoluir com complicações graves, caso não sejam tratados. Persiste como relevante problema de saúde pública em nosso meio, com número elevado de casos e formas graves da doença. A detecção precoce da sífilis na gravidez e o seu tratamento correto podem evitar casos de sífilis congênita. A meta brasileira de incidência de sífilis congênita é de menos de 1/1.000 nascidos vivos, sendo atualmente de 9,4/1.000 no Município do Rio de Janeiro.
2 Características gerais
2.1 Descrição
A sífilis é uma doença infecciosa sistêmica, de evolução crônica, com manifestações. cutâneas temporárias, sujeita a surtos de agudização e períodos de latência. Sua evolução é dividida em primária, secundária e terciária. Sua transmissão é sexual ou vertical que pode causar respectivamente a forma adquirida ou congênita da doença. A sífilis congênita é um agravo de notificação compulsória, sendo considerada como verdadeiro. evento marcador da qualidade de assistência à saúde materno-fetal em razão da efetiva redução do risco de transmissão transplacentária, de sua relativa simplicidade diagnóstica e do fácil manejo clínico/terapêutico.
2.1.1 Agente etiológico
O Treponema pallidum é uma espiroqueta de alta patogenicidade. Não é cultivável, mas a inoculação em cobaia permite seu isolamento e confirmação laboratorial. Pode ser visualizado sob microscopia de campo escuro, coloração pela prata ou imunofluorescência direta.
2.1.1.1 Reservatório
O homem é o único