sifilis
Farmacoepidemiologia
Professora: Tereza Cristina
Aluno: Joyce Araujo
Rio de Janeiro, 2014.
Epidemiologia da sífilis gestacional em Fortaleza, Ceará, Brasil.
Resumo
O objetivo deste estudo foi conhecer o perfil epidemiológico das gestantes com sífilis, em Fortaleza, Ceará, Brasil, no ano de 2008. Em 2005 a sífilis em gestantes foi incluída na lista de agravos de notificação compulsória, na tentativa de controlar a transmissão vertical. Foi verificado o percentual das gestantes com sífilis que foram consideradas inadequadamente tratadas e os motivos da inadequação, de acordo com as normas do Ministério da Saúde. Foram entrevistadas 58 gestantes no pós-parto imediato, internadas em cinco maternidades públicas do município, e consultadas as informações do prontuário e do cartão das gestantes. Foram avaliados dados obstétricos e variáveis relacionadas ao diagnóstico e tratamento da gestante e do parceiro. Apenas três (5%) gestantes foram consideradas adequadamente tratadas. O principal motivo da inadequação do tratamento foi a falta ou inadequação do tratamento do parceiro (88% dos casos). Foi possível constatar a necessidade de um segundo VDRL no terceiro trimestre de gestação. Os dados evidenciaram que o atendimento recebido pela gestante não foi suficiente para garantir o controle da sífilis congênita.
Introdução
Apesar de a sífilis ser uma doença de etiologia conhecida e poder alcançar 100% de êxito em relação à prevenção, tratamento e cura, e estes encontrarem-se ao alcance de todos, ainda é possível verificar um recrudescimento dessas. A sífilis gestacional, ainda apresenta prevalência alarmante, principalmente em países pobres ou em desenvolvimento. O risco de transmissão vertical da sífilis varia de 30% a 100%, dependendo da fase clínica da doença na gestante. Em aproximadamente 40% das infecções intrauterinas não tratadas ocorre o aborto espontâneo ou a morte