sexologia na terceira idade
Quando se fala em idoso, logo se pensa num 'velhinho' sem forças ou numa 'velhinha' sentada fazendo tricô. Essa representação entra em choque com a atualidade, pois essas são imagens que não correspondem ao real. A grande maioria da população idosa tem características do envelhecimento sem estar nesse estereótipo. Não muito antigamente, quando a expectativa de vida era menor e, entre tais pessoas, poucos eram os que mantinham uma boa saúde, o aspecto sexual era outro. Muitos se confortavam com a chance de suspender o sexo respaldado numa referência socialmente construída.
Todavia, pessoas idosas, relativamente saudáveis, que gostem de sexo, são capazes de aproveitá-lo. Hoje já se sabe que o interesse sexual é normal em todas as idades. Mas aquilo que no jovem é visto como sexualidade, no velho ainda há os que vêem como libertinagem. Pouco se falava sobre a sexualidade nessa época da vida. Pessoas de mais idade cresceram num ambiente de puritanismos “vitorianos” e mal informados, sentiam-se culpados em relação a qualquer sensação de excitação sexual. Vindos de uma educação repressora, viveram imersos em conceitos hoje considerados retrógrados onde o sexo era pecaminoso, sujo e com objetivo da procriação.
A vivência da sexualidade na 3ª idade nada mais é do que a continuação de um processo que teve início na infância. São os sentimentos de cada um, aliados às alterações anatômicas e fisiológicas trazidas pela idade que modelam o comportamento sexual de tais pessoas. E pelo fato da sexualidade ainda estar muito atrelada a reprodução ainda é difícil perceber a continuidade da sexualidade após determinada idade. Isso acontece mesmo depois do avanço da medicina que pode cuidar de algumas doenças capazes de prejudicar a sexualidade plena, como é o caso de artrites (em alguns casos, as medicações utilizadas em seu tratamento podem diminuir o desejo sexual. É preciso descobrir maneiras de utilizar as diversidades e transformações para