Sexo x Religião
Os hormônios falam mais alto do que os preceitos religiosos entre os jovens, que se afastam das igrejas
CATÓLICA
Fernanda acha um absurdo a proibição do uso da camisinha pela igreja
A posição retrógrada das igrejas em relação ao sexo, cada vez mais distante da realidade dos jovens, é um dos fatores que afastam a juventude da religião. Uma pesquisa inédita com universitários entre 17 e 25 anos que investigou, entre outros assuntos, o que eles pensam sobre a orientação de suas igrejas no campo sexual mostrou quanto esta tese é verdadeira. Das 374 pessoas que responderam a essa questão, 65% discordaram das determinações religiosas. A enquete torna clara uma impressão que estava no ar: se tiver de escolher entre a religião e o livre exercício de sua sexualidade, o jovem abre mão da primeira. “Ele acredita em Deus como um ser superior que não deve se meter em sua vida”, diz o teólogo Jorge Claudio Ribeiro, professor do departamento de ciência da religião da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Os dados serão compilados em um livro a ser lançado em breve. A publicação faz parte da série “Religiosidade Jovem” (Ed. Olho D’Água). A equipe do teólogo já havia estudado o tema em 2000 e 2004, aplicando questionários para 1.825 estudantes. Como nas três etapas a frase “concordo com as orientações de minha igreja em questões sexuais” sempre esteve entre as mais rejeitadas, Ribeiro resolveu, dessa vez, quantificar o tamanho do embate entre sexo e religião. A pedido de ISTOÉ, as respostas foram organizadas considerando os quatro maiores grupos religiosos dos jovens pesquisados (leia quadro). “Para o jovem, ter fé é mais importante do que ter religião”, explica Ribeiro. Ao não aceitar o livre arbítrio da juventude, a igreja deixa de evangelizar muitos fiéis.
PROTESTANTES
Leandro e Luciana só voltaram a fazer sexo depois do casamento
Essa é a opinião da aeroviária paulista Fernanda Correa do Prado, 25 anos, criada em berço