Seveso
Um reator que fazia parte do processo de fabricação do TCP, superaqueceu e a válvula de ruptura se rompeu, liberando para a atmosfera uma nuvem tóxica.
A empresa não continha sistema de advertência nem planos de alarme à população, e só foi interditada quando a nuvem havia atingido cerca de 30 mil moradores da redondeza. Uma área de aproximadamente 1.800 hectares de terra foram contaminados, a nuvem se espalhou numa grande área, contaminando pessoas, animais na vizinhança da unidade industrial, toda a vegetação nas proximidades morreu de imediato devido ao contato com compostos clorados, pássaros atingidos pela nuvem tóxica começaram a cair do céu e crianças foram hospitalizadas com diarreia, enjoos e irritação na pele. Nove dias após o acidente, mencionou-se, pela primeira vez, a palavra "dioxina". As consequências existem até os dias de hoje dentro do município.
No dia do acidente a empresa estava paralisada para o final de semana, mas, o reator continha material a uma elevada temperatura. Provavelmente, a presença de etilenoglicol com hidróxido de sódio causou uma reação exotérmica descontrolada, fazendo com que a pressão interna do vaso excedesse a pressão de ruptura do disco de segurança, causando a emissão. A reação ocorrida, associada a uma temperatura entre 400 e 500 ºC, contribuiu para a formação do TCDD, uma substância que era desconhecida na época.
O reator não possuía um sistema automático de resfriamento e como a fábrica se encontrava com poucos funcionários, já que paralisaria suas operações no final de semana, não foram desencadeadas ações de resfriamento manual do reator para minimizar a reação ocorrida. Desta forma, a emissão ocorreu durante cerca de 20 minutos, até que um operador