Será que temos a obrigação moral de ajudar alguém numa situação de pobreza absoluta?
Mariana Neto Nº21 10ºE
Com o passar do tempo, e à medida que o mundo à nossa volta evolui, também as pessoas se tornam mais conscientes daquilo que se passa em seu redor, e a ignorância à muito deixou de ser uma desculpa justificável para as suas ações, sendo a pobreza absoluta um problema constantemente crescente na nossa sociedade, onde as pessoas afetadas vivem com privação de necessidades humanas básicas no seu dia-a-dia, em condições muitas vezes inimagináveis para nós.
O problema que se coloca é: teremos nós o dever moral de dar um passo em frente e ajudar quem não se pode ajudar a si mesmo?
Numa sociedade como a nossa, em que a grande maioria tem o direito a usufruir das suas necessidades básicas essenciais, tendo ainda direito a alguns bens materiais extra, muitos concordariam que, se pudéssemos sacrificar esses bens materiais para algo de bom (como ajudar alguém pobre) deveríamos fazê-lo. Mas sacrificar os nossos bens, materiais ou não materiais, para o beneficio dos outros terá consequências a longo prazo, quer para nós quer para a sociedade.
Do meu ponto de vista, não temos obrigação moral de ajudar alguém numa situação de pobreza extrema.
Em primeiro lugar, eu acredito que ninguém se deve sentir moralmente obrigado a fornecer ajuda a alguém que está numa situação que não foi causada nem direta nem indiretamente por ele mesmo. Tentar ajudar um grande número de pessoas pode ter graves consequências, quer por a ajuda ser mal planeada, ou por simplesmente não possuirmos recursos suficientes para ajudar todas essas pessoas, o que poderá causar o efeito oposto ao desejado e causar uma crise global. Além de que, se um grande número de pessoas ajudar os habitantes dos países pobres, isto tornarnos-á cada vez mais irresponsáveis, pois irão partir do principio que podem contar com ajuda em caso de necessidade em vez de tomarem medidas para promover o