Será que Freud explica tudo?
“Cada pessoa é um abismo. Dá vertigem olhar dentro delas.”
Freud
O Pai da Psicanálise, como é conhecido Freud, não leva essa alcunha à toa. Foi ele quem inaugurou, junto à medicina Psiquiátrica, modelos renovados de atendimento e principalmente tem sido considerado o precursor dos estudos aprofundados sobre o funcionamento da mente humana. O misterioso campo da Psiquê, como ele mesmo nomeou a mente humana, foi gradualmente sendo desvendado por Freud. Interessantemente, o Pai da Psicanálise remonta seus estudos às experiências daquilo que ele vai chamar de primeira infância, período que corresponde aos sete primeiros anos de vida: é nessa fase que a Psicanálise Freudiana identifica a formação da personalidade, permanente e inalterável, concretizada a partir das experiências doces da infância, mas sobretudo constituída a partir dos traumas vivenciados pelo sujeito.
Acredite, a sua subjetividade é, sem sombra de dúvida, o resultado das suas vivências na primeira infância, mesmo que ela tenha sido experimentada por você há décadas e décadas atrás... A impressão das suas relações com seus pais, irmãos, amigos, professores tornou você o sujeito que você é hoje!
Para Freud, o papel do pai na primeira infância é mais que decisivo para a consolidação da personalidade dos sujeitos, e esta relação, nem sempre de afeto, mas por vezes de hostilidade, vai definir as escolhas futuras do indivíduo na vida adulta: sua profissão, seu parceiro sexual, sua filosofia de vida. Associado à figura do pai, Freud destaca o papel da sexualidade nos primeiros sete anos de vida: as experiências de conotação propriamente sexual atingem seu auge durante a primeira infância entre os 4 e 5 anos de idade, fase conhecida na Psicanálise como Édipo, ou Complexo de Édipo. É neste período que a criança define sua orientação sexual e, entre outras coisas, sua maneira futura de relacionar-se com o mundo.
Na vastíssima obra de Freud, podemos identificar temáticas das