Serviço social
O presente trabalho busca em linhas gerais fazer apontamentos sobre a trajetória da Assistência Social no Brasil. Focando-se mais especificamente do período de 1989 até os dias atuais. O trabalho vai mostrar a importância da criação da LOAS, e busca mostrar para que se faça uma reflexão sobre os novos rumos da Política Nacional de Assistência. Busca também fazer uma relação entre a questão social, a perspectiva de direitos, e o processo da conquista da cidadania ganha ao longo dessa trajetória.
I - A Assistência Social e a questão social – Visão de 1989 à 1930
No Brasil nesse período não havia Políticas Sociais, ou seja, não existiam ações sistemáticas e continuas por parte do Estado. Até 1930 as intervenções em relação as necessidades sociais da população se restringiam a caridade e a filantropia por parte da igreja e algumas ações de grandes empresas. As condições de vida e de trabalho do crescente proletariado industrial eram péssimas e passaram a desencadear em movimentos reivindicatórios. As medidas mais cobradas pelos operários se centravam em regulamentações referentes à redução da jornada de trabalho, condições de higiene e repouso semanal, férias, trabalho de menores e de mulheres, acidentes de trabalho e salários melhores. Neste período a questão social era vista como caso de policia, cabia ao Estado punir a quem colocasse em risco a ordem do capital. Cabe ressaltar que em relação a classe operária, está não possuía condições favoráveis à conquista de uma cidadania social, pois se tratava de uma minoria em formação recente e bastante heterogênea composta, em sua maioria, por imigrantes. As intervenções estatais em resposta a tais demandas para além da repressão, ainda eram poucas e tímidas. Em 1919, ano em que o Brasil participou do Tratado de Versalhes e ingressou na OIT (Organização Internacional do Trabalho), foi implantada a primeira medida ampla de legislação social,