Serviço Social
BRASÍLIA, 31 DE JULHO A 05 DE AGOSTO DE 2010
Autores: Ana Caroline Trindade dos Santos
Instituição: Universidade Tiradentes JUVENTUDE RURAL E PERMANÊNCIA NO CAMPO: UM ESTUDO DE CASO SOBRE JUVENTUDE DO ASSENTAMENTO RURAL FLOR DO MUCURI/SE.
RESUMO: O presente trabalho, fruto da dissertação de mestrado apresentada ao PPGSS da UFPE procurou analisar os elementos que contribuem para a escolha do jovem entre permanecer no campo ou sair do meio rural. A juventude rural enfrenta no seu cotidiano situações adversas caracterizadas pela exclusão do sistema produtivo na agricultura familiar, dessa forma, o acesso do jovem ao trabalho é elemento determinante para suas escolhas nas esferas da produção e da reprodução social.
Palavras - chave: juventude rural; agricultura familiar; assentamento rural. INTRODUÇÃO
O interesse pela juventude acompanha a tendência atual das discussões que particulariza o jovem como alvo de debates e atenção do poder público e da sociedade civil organizada. A juventude está em cena e diariamente luta contra o processo de exclusão social sofrido historicamente por este segmento. Ao realizar um estudo exploratório sobre o significado da seguridade social para trabalhadores de um assentamento rural em Sergipe (SANTOS, 2006), foi possível refletir a seguinte constatação: a migração dos jovens do campo para a cidade, não só dos rapazes, mas também das jovens expressam sua insatisfação com a “vivência na roça”. Os pais demonstravam grande preocupação com os filhos, dispostos a deixar o meio rural em direção à cidade, alegam a falta de oportunidades e de projetos desenvolvidos no assentamento rural como o principal fator da migração juvenil.
Prevalece nos estudos a tendência de explicar a saída juvenil em virtude do atraso e falta de oportunidades no meio rural, essa concepção é fortalecida pelas teorias dicotômicas entre rural-urbano que difundiam o fim do rural pelo avanço do urbano.