Serviço social
Ao longo de seu desenvolvimento, durante oito décadas, o Serviço Social latino-americano se emancipou da influência direta da igreja incorporando a perspectiva da Reforma Social voltada à “humanização do capitalismo”. As relações entre Serviço Social e a Igreja Católica emolduraram a sua formação histórica.
A medida em que a profissão de assistente social foi se inserindo na sociedade em defesa das classes sociais, confrontando conservadorismo e transformação, os países membros do Mercosul se mobilizam para ampliar sua força na perspectiva do enfrentamento dos inaceitáveis índices de pobreza e desigualdade e do fortalecimento da democracia na América Latina.
CONTEXTO HSITÓRICO
No séc. XIX, em virtude da Revolução Industrial e do progresso da técnica, o cenário europeu se modificou, a ordem socioeconômica foi transformada, afetando desastrosamente a classe operária, acarretando graves problemas sociais: as antigas estruturas foram desmontadas e o surgimento da massa de proletários assalariados determinou fortes mudanças na organização social, fazendo com que a relação capital-trabalho se tornasse uma questão decisiva de um modo até então desconhecido. Esse quadro impôs uma reavaliação do que seria a “justa ordem da coletividade”. Diante das mazelas provocadas pelo liberalismo individualista então vigente, foi tomando corpo o socialismo.
Esse quadro mundial deu ensejo, em 1891, à primeira encíclica papal sobre a questão operária – “Rerum novarum” (coisas novas) – do Papa Leão XIII (1878-1903), considerado o primeiro documento oficial de Doutrina Social da Igreja e seu pilar fundamental. Leão XIII foi um papa de vanguarda, atento à realidade, dotado de uma lucidez e um visão para além de seu