O caso dos exploradores de caverna

O Caso dos Exploradores de Caverna
De acordo com o texto exposto, pode-se inferir que este caso discutiu a vida de quatro pessoas em detrimento de um indivíduo. Deve-se lembrar que quando os dados foram lançados, Roger Wetmore, não fez nenhuma objeção, não questionou o resultado, fazendo-o voltar ao próprio acordo proposto, mostrando assim que não houve premeditação, já que a própria vítima tinha a posse dos dados e partiu dela a ideia do lançamento da sorte para a escolha da pessoa a ser sacrificada. Diante do resultado, os exploradores se alimentaram de Wetmore, pois estavam tomados pela intenção de garantir a prorrogação de suas vidas o suficiente para que o socorro pudesse chegar, o que prevaleceu nesta situação foi o instinto de sobrevivência.
Fica nítido que os espeleólogos a fim de assegurarem sua sobrevivência acabaram por salvaguardarem a vida dos operários que trabalhavam neste caso, salientando que devido aos constantes deslizamentos já havia ocorrido a morte de dez operários contratados. Não podemos ignorar o fato de que a situação em que se encontravam era extraordinária, e que após tanto tempo presos em uma caverna, encontravam-se em um desgaste, tanto emocional quanto físico, muito grande. Nem mesmo omitir todo o abalo psicológico por qual passaram estes homens, e o quanto, provavelmente, lhes foi difícil tomar a atitude de sacrificar o próprio amigo para sobreviverem.
Os indivíduos se encontravam em estado de necessidade, previsto no Código Penal, onde aquele que “pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se”. E, conforme Tatting coloca, “o homem que repele ameaça à sua vida, age em resposta a um impulso”. A Constituição reputa direito fundamental à vida, sendo bem clara em dizer que a vida está acima de qualquer coisa. “Se reputa legítimo até mesmo tirar a vida a outrem em estado de