Crescimento e Desenvolvimento do México

Introdução e Objetivo
O presente trabalho tem o objetivo de elucidar, de forma breve, as características da política econômica adotada pelo México em sua história recente, buscando compreender a influência e consequências para o crescimento econômico do país, da postura adotada pelos governos mexicanos em adequação ao chamado “populismo econômico”. Partiremos das contribuições das análises de outros autores acerca de comparações entre os casos dos grupos de países asiáticos e latino-americanos emergentes no período após a segunda Guerra Mundial, visando ressaltar o alcance de tal política para as variáveis investimento, exportação e balanço de pagamentos.
O pessimismo externo recorrente à maioria dos países da América Latina durante a década de 1950, acirrado pelo fechamento dos mercados europeus e a demanda dos países da OCDE por commodities, foi marcante para a estratégia adotada por esses países, em busca de promover a chamada Industrialização por Substituição de Importações (ISI). Tal estratégia sofreu com as dificuldades acarretadas pelo estrangulamento externo dos países (e consequente baixo acesso às finanças internacionais), resultando em queda de investimento e nos notáveis ciclos de stop and go.
Alem disso, as comparações entre os casos de crescimento dos países do Leste Asiático e da América Latina nos permitem compreender melhor o papel da política econômica para o sucesso ou insucesso das estratégias utilizadas por esses dois blocos distintos, sobretudo no que se refere à reconhecida prática de utilizar artifícios da política cambial para promoção do crescimento econômico dos países. No caso dos países do Leste Asiático, conseguiu-se administrar a dívida externa através da combinação da estratégia de Industrialização por Substituição de Importações com o incentivo às exportações, contando com intervencionismo estatal em prol do aumento dos investimentos e da desvalorização do câmbio, política pressionada pelos Estados Unidos no contexto da guerra