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Agnes Heller

Agnes Heller nasceu em 12 de maio de 1929. Em 1947 começou a estudar física e química na Universidade de Budapeste, mas logo mudou à filosofia e às ciências sociais quando escutou a conferência do filósofo marxista György Lukács sobre filosofia e cultura. Heller é a principal discípula de Luckacs.

Em 1947 entrou para o Partido Comunista, entretanto, apoiou os movimentos de abertura no bloco soviético, com posições de 'marxismo humanista' que seriam qualificadas de 'revisionistas' e contrárias à política oficial. Participou da Revolução Húngara de 1956. Em 1963 integrou a chamada 'Escola de Budapeste', liderada por Lukács, junto com F. Feher (seu marido), G. Markus e M. Vadja que renovou o marxismo.
Testemunhou a repressão que seguiu à Primavera de Praga em 1968 e foi expulsa do partido comunista, despedida da Universidade de Budapeste e teve que se exilar na Austrália, em Melbourne, onde deu aulas na Universidade “La Trobe”. Posteriormente, em 1986, emigrou para os EUA, onde passou a dar aulas em Nova Iorque, na “New School for Social Research”, na cátedra Hannah Arendt Professor. Trata-se de uma das principais filósofas vivas do século XX.

Pesquisadora do Instituto Sociológico de Budapeste e deixou a Hungria, por motivos políticos, em 1978. Lecionou na Austrália e atualmente integra o corpo de professores e pesquisadores da New School for Social Research, em Nova York. Faz parte de um grande grupo de intelectuais que elaboraram um marxismo crítico no leste europeu; mais especificamente, Heller integra a chamada Escola de Budapeste. Esses intelectuais tomaram como ponto de partida a crítica do marxismo soviético e do socialismo real, ou seja, do socialismo tal como se constituiu na União Soviética e na esfera de sua influência. Sua obra integra, portanto, um marxismo de oposição que contém, mais do que uma contribuição teórica importante, implicações relevantes no âmbito das atitudes políticas. No cerne dessas formulações