Serviço Social
“(...) a fase expansiva do capitalismo maduro começou a dar sinais de esgotamento em fins dos anos 1960 (...) rompendo com o pacto dos anos de crescimento, com o pleno emprego keynesiano-fordista e com o desenho social-democrata das políticas sociais (...).”
A causa da reconfiguração do papel do Estado capitalista nos anos 1980 e 1990 está vinculada a reação da burguesia à crise do capital que se iniciou em 1970 de forma que uma longa onda de expansão e estagnação se desenvolveu desde os anos 1960 e vem até os dias de hoje segundo algumas analises críticas contemporâneas.
Mandel tem como principal objeto de estudo a expansão nos anos de ouro pós-1945 e os sinais do esgotamento no final dos anos 1960, e se preocupava com os ciclos de expansão e estagnação do capital. De certa forma, ele parte do princípio dialético fundamental da critica marxiana da economia política, ou seja, não existe equilíbrio no capitalismo, não tem como produzir riqueza sem reproduzir pobreza, por tanto riqueza e pobreza são unidades do mesmo processo.
A busca contínua de rendas tecnológicas que derivou da monopolização do progresso técnico direcionada apenas a diminuição de custos salariais que cuja expressão maior foi a automação, que vinha com uma forte mudança do trabalho vivo para o trabalho morto, a grande perda da importância do trabalho individual que veio a partir de um grande processo que tinha integração com a capacidade social de trabalho. Com isso a automação acabou intensificando as contradições no mundo do capital, colocando em destaque o processo de trabalho e de valorização, a sociabilização crescente do trabalho agregada à redução do emprego e dentre outras. Vale destacar também que com a automação veio a reestruturação produtiva, a acumulação flexível que seria produtos personalizados, o Just time, a terceirização e outros.
Segundo Mandel, a recessão de 1974 – 1975 não passou de um crise