Servidão
Maquiavel inicia seu livro falando sobre os tipos de Estado, que são segundo ele repúblicas ou principados, sendo estes últimos hereditários ou anexados pelo príncipe aos seus domínios os estados novos.
"Os principados ou são hereditários, quando por muitos anos os governantes pertencem à mesma linhagem, ou foram fundados recentemente."
Capítulo IX: O governo civil
Na visão de Maquiavel, governo civil é governo em que o cidadão se torna soberano pelo favor de seus concidadãos.
"O governo é instituído pelo povo ou pela aristocracia, conforme haja oportunidade para um ou para a outra. Quando os ricos percebem que não podem resistir à pressão da massa, unem-se, prestigiando um dos seus e fazendo-o príncipe, de modo a poder perseguir seus propósitos à sombra da autoridade soberana. O povo, por outro lado, quando não pode resistir aos ricos, procura exaltar e criar um príncipe dentre os seus que o proteja com sua autoridade."
A dificuldade é maior de manter-se no poder o príncipe que chegou ao poder através da aristocracia do que o que chegou através do povo, pois a aristocracia se considera igual ao monarca, sendo que o soberano não pode assim dirigi-los ou ordenar em tudo que lhe apraz.
A aristocracia quer oprimir; e o povo apenas não quer ser oprimido. Quem chegar ao poder deve sempre manter a estima do povo, isso será conseguido o protegendo. O povo é quem está com o príncipe na adversidade, quem o povo está com ele, é difícil derrubá-lo do poder.
Capítulo XVII: A crueldade e a clemência. Se é preferível ser amado ou temido
Todos os príncipes devem preferir ser considerados clementes, e não cruéis. Porém deve se saber usar essa clemência. Quando o objetivo é manter o povo unido e leal, o príncipe não deve se importar em ser tido por cruel; os príncipes novos no poder não podem fugir da reputação de cruel, pois estes estados são os mais perigosos.
Seria bom que o príncipe fosse ao mesmo