Sertões de veredas
Obra de Guimarães Rosa O livro é uma narrativa em primeira pessoa contada por Riobaldo, que conversa com um suposto interlocutor. Ex-jagunço, chefe de bando, andarilho do sertão como cangaceiro, ele relata suas aventuras e desventuras ao mesmo tempo em que se questiona a respeito da existência de Deus e do diabo. Riobaldo ao querer se vingar da morte do amigo Joca Ramiro, chefe dos jagunços, assassinado à traição por Hermógenes, ex-companheiro de bando, ele faz um pacto com o diabo para destruir o traidor. Riobaldo torna-se líder do bando vingativo; até que os dois bandos se encontram e entram em confronto. Reginaldo, amigo de Riobaldo e por quem ele sente uma estranha atração que o perturba, entra em combate com Hermógenes e ambos morrem. Nesse momento Riobaldo descobre que Reginaldo é na verdade Diadorim, filha de seu amigo Joca Ramiro, que até então viveu disfarçada de homem. Amargurado, Riobaldo abandona a vida de jagunço e vai viver como um pacato fazendeiro. Confuso e decepcionado com a descoberta de que Reginaldo é na verdade Diadorim, seu grande amor ele desiste das aventura em bando e se recolhe para fazer algumas reflexões sobre a existência. Confuso pela dúvida da existência ou não do diabo e a possibilidade de fazer um pacto com ele, Riobaldo passa a querer entender o sentido e os mistérios da vida. Os fatos narrados por Riobaldo no romance não seguem uma ordem cronlógica, obedecem sim as lembranças que mais marcaram a sua vida. O suposto interlocutor nunca toma a palavra, por isso a narrativa se assemelha a uma reflexão em voz alta, ou seja, como se ele falasse sozinho, querendo em sua solidão entender os mistérios da existência e principalmente compreender o que induz as pessoas a cometerem as más ações. Riobaldo reve-la-se uma personagem diferente à medidade que tem a necessidade de ir além das aprências, e que faz questão de saber mais para entender o mistério da ações