Seringueiras
As estradas de seringa eram cortes, picadas, caminhos traçados no meio da mata e desenhadas de modo a contemplar o maior número possível de seringueiras passíveis de serem exploradas por um seringueiro.
Como o intento era viabilizar o acesso do seringueiro às árvores gumíferas e estas, por sua vez, estavam espalhadas aleatoriamente pela floresta, o traçado era variado e de formato extremamente irregular.
Manejada há mais de um século, a estrada só recentemente está reconhecida como unidade medida agrária. As estradas de seringueira ou seringa são criações dos seringais e inexistentes sob a ótica da agrimensura, e eram rigorosamente respeitadas pelos proprietários da época: todos tinham ciência onde terminava uma estrada de seringa e começava outra, onde findava um seringal e iniciava-se outro.
02. BARRACÃO DE SERINGA
As construções eram os barracões centrais e os menores. O barracão central servia, nos primeiros momentos, de residência do seringalista, depósito de mercadorias a vender aos seringueiros. Com o passar do tempo e a prosperidade econômica, ocorreu uma melhoria no padrão de vida, e o barracão passou a ser somente a casa do proprietário e do gerente.
O barracão equivalia à casa-grande do senhor de engenho nordestino. Em sua feitura, o material da construção era todo retirado da floresta. O acabamento era geralmente tosco.
O barracão central e os que lhe são subsidiários ou complementares, localizados face ao rio, na terminologia do seringal, constituem a margem, em contraposição às situações ou localizações do interior, onde se instalam e operam os seringueiros, a que se dá o nome de centro.
03. PRODUÇÃO MÉDIA ANUAL POR SERINGUEIRO
Considerando a média de produção obtida de um seringal adulto, o rendimento bruto chega a aproximadamente R$ 5.000,00/hectare, sendo que 40% deste valor se referem ao custo de exploração, mão-de-obra e insumos. A margem de rentabilidade é, portanto, de 60%, que deverá