Exemplo de negociação contendo o envolvimento de uma terceira parte
Na semana anterior a que teria um feriado na terça-feira, o funcionário da empresa X, Carlos, estava planejando com sua esposa uma viagem para o interior do Estado, para visitar alguns lugares bonitos e descansar um pouco do trabalho. Porém a viagem seria longa e ele não via cabimento em viajar no sábado de manhã e já ter de voltar no outro dia, pois segunda-feira seria um dia normal de trabalho apesar do feriado na terça. Resolveu então conversar com o seu gerente-geral, pedir para tirar uma folga naquele dia, achando que ele iria aceitar sem problemas por Carlos ser um ótimo funcionário e trazer bons resultados à empresa.
Chegando à sala do Sr. Garcia, seu gerente, Carlos foi direto ao assunto, explicando seus motivos àquele pedido. Entretanto, o Sr. Garcia não poderia dar permissão àquilo, pois mesmo Carlos sendo um funcionário que orgulha sua empresa, esta precisa dele. Aliás, por ele ser esse funcionário exemplar é que o Sr. Garcia não pode deixa-lo tirando folga, por ter trabalhos e relatórios com prazos estipulados que devem ser feitos por ele.
Os dois, não conseguindo entrar em acordo, procuraram alguém que pudesse servir como um mediador. Chamaram então André, do setor de RH, que se dispôs a ajuda-los. André ouviu atenciosamente o que se estava sendo discutido. Depois de compreender o lado de cada um, ele dá uma alternativa para a saída positiva de ambos os lados: se Carlos trabalhasse em seus relatórios e funções essenciais, deixando em segundo plano outras funções de menores importâncias, sendo capaz de entrega-los ainda no final daquela semana, Carlos poderia viajar com a esposa tranquilo, sem se preocupar com o trabalho. E o trabalho que foi acumulado poderia ser feito na outra metade da semana.
Porém, o Sr. Garcia não gostou muito da opção. E se Carlos não conseguisse recuperar mais o ritmo do trabalho? Se não conseguisse pôr em ordem o que ficou acumulado dos outros dias?