Ser diferente é normal
Foram esses pesquisadores curiosos e interessados no assunto que, através de seus trabalhos, iniciaram grandes mudanças na história da educação mundial. Se formos dar um pulinho no passado para observar a realidade em que viviam essas crianças ao longo do tempo, percebemos que falar sobre educação infantil para deficientes e educação inclusiva é algo relativamente recente.
Segundo um artigo da professora Elzabel Maria Alberton Frias, durante a idade antiga e a idade média houve um período de grande exclusão social e marginalização relacionados às pessoas portadoras de deficiências. Muitas eram rotuladas como inválidas, perseguidas ou até mesmo mortas, forçando-as a se esconder longe do convívio social. Aos poucos, a questão foi evoluindo, passando por um período de assistencialismo, até chegar ao século XX, no qual a questão foi se configurando por uma visão mais científica, relacionada à medicina, pedagogia e psicologia, mais próxima à forma atual.
Felizmente, o avanço desses campos de pesquisa possibilitou a criação de leis que garantem os direitos dos portadores de deficiência, inclusive o direito à educação. Atualmente a lei é clara: é obrigatório acolher todos os estudantes independente de suas diferenças e necessidades . Por trás desses avanços, pode-se encontrar grandes histórias sobre força e luta pela inclusão social, como a vida de Berenice Piana, responsável pela formulação de uma lei, batizada com seu próprio nome, que instituiu a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa