Sequestro Onibus 174
No dia 12 de Junho de 2000, Sandro Barbosa do Nascimento mais conhecido como “Mancha”, na época com 21 anos, manteve reféns por cerca de cinco horas dentro do Ônibus 174, que realizava a linha Gávea-Central (Rio de Janeiro). Porém o mesmo não atuou sozinho. Junto com ele estava outro parceiro de crime, que ao avistar uma das viaturas da polícia saiu correndo em direção ao matagal.
Sandro adentrou o veiculo portando um revólver calibre trinta e oito. Ele tentou trocar a arma por drogas antes de cometer o seqüestro, mas os traficantes com o qual tentou negociar não aceitaram. Ao se sentar em um dos bancos do transporte, um dos passageiros percebeu a arma na cintura e fez um sinal para uma viatura da Policia Militar que estava passando pela rua no momento.
Sandro fez onze reféns dentro do ônibus. Ao poucos, com muito custo e negociação, ele liberou os reféns. Ao final da tarde, Sandro decidiu sair do ônibus com uma refém, grávida de dois meses, utilizando-a como escudo. Um policial do BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais) atirou em Sandro, mas o disparo atingiu o queixo da refém. Imediatamente o seqüestrador disparou três tiros em direção às costas da mulher grávida.
Sandro foi imobilizado e conduzido a uma viatura da policia enquanto uma multidão tentava linchá-lo. Ao que tudo indica, Sandro morreu asfixiado dentro do camburão policial. Como pôde um jovem no auge de sua juventude cometer um crime bárbaro como este? A resposta começa desde sua infância.
Sandro cresceu nas ruas do Rio de Janeiro. Sua mãe foi abandonada por seu pai quando estava grávida. Com apenas seis anos de idade, testemunhou o assassinato de sua própria mãe, a qual foi morta a facadas na favela do Rato Molhado, onde residiam. Após a morte da mãe, Sandro foi morar com sua tia, mas fugiu e tornou-se menino de rua. No ano de 1993, ele testemunhou e sobreviveu a Chacina da Candelária, na qual oito meninos de rua foram mortos por policiais.
Sandro formou sua