Sequ Ncias Textuais
Gêneros textuais: função sociocomunicativa Fruto
do trabalho coletivo, os gêneros contribuem para ordenar e estabilizar as atividades comunicativas do dia a dia.
(Marcuschi, 2010, p. 21)
Usamos a expressão gênero textual como uma noção propositalmente vaga para referir os textos materializados que encontramos em nossa vida diária e que apresentam características sociocomunicativas definidas por conteúdos, estilo e formas de composição.
O conteúdo, o estilo e a forma de composição...
O
conteúdo é o tema, o assunto que está sendo tratado.
O estilo indica a maior formalidade ou informalidade na comunicação.
A forma de composição diz respeito à formatação, às estruturas globais do texto. A partir desses fatores, o enunciador selecionará palavras mais ajustadas a cada situação, cujos esquemas muitas vezes são previsíveis.
Gênero: bula de remédio
As
bulas de remédio apresentam propriedades comuns que a caracterizam como gênero.
Para ser bula de remédio, o conteúdo do texto deve ser marcado por informações sobre o medicamento em questão. O estilo deve ser objetivo, formal, caracterizado pela linguagem técnica, por um vocabulário composto de termos científicos.
A
forma de composição do texto apresenta uma estrutura típica: “formas farmacêuticas e apresentações” (em frasco comprimido ou em pomada, por exemplo), “composições” (constituição química do produto), “informação ao paciente” (ação esperada, prazo de validade, reações adversas), “contra indicações e precauções”, “posologia”
(dosagem, modo de misturar) etc.
Sem essas características um texto não pode ser classificado de “bula de remédio”. Gênero: escrita e leitura
O
gênero serve de “modelo de escrita” para o enunciador e como “horizonte de leitura” para o interlocutor.
Não se pode ser uma bula como se lê um poema, interpretar um quadro como se fosse um mapa.
(Platão, 2005)
O gênero e o suporte
Suporte
é o lugar concreto em que os gêneros se