Senso comum
Procurando viabilizar nossa apreensão no que tange ao estudo sobre a intertextualidade, iremos contextualizá-la às situações cotidianas. Vez ou outra, mediante as nossas relações sociais, fazemos referência a algo anteriormente mencionado por alguém, a um fato histórico, a uma propaganda retratada pela mídia e até mesmo a um acontecimento polêmico.
Até mesmo nos gestos, olhares, vestimentas, dentre outras atitudes, estamos de certa forma aludindo a um fato ou a alguém. O interessante é que, embora não relevante, tal procedimento tende a se conceber de forma tanto positiva quanto negativa. Sabe quando imitamos alguma atitude – abominável aos nossos olhos – referente a uma determinada pessoa?
A intertextualidade também se faz presente nas artes em geral, como por exemplo, nas canções, escultura, dança, pintura e na literatura, bem como nos provérbios, na linguagem dramática, cinematográfica, nas charges e cartuns ao retratar de modo contundente sobre assuntos relacionados à política, dentre outros exemplos.
Assim sendo, notamos que tais relações intertextuais se oriundam do diálogo estabelecido entre um texto ou entre uma situação e outra. E para enfatizarmos um pouco mais sobre a referida ocorrência, analisaremos as características de dois elementos que bem representam: a paráfrase e a paródia.
A paráfrase, originária do grego para-phrasis (repetição de uma sentença), constitui-se na recriação textual, tendo como suporte um texto-fonte. Ao parafrasearmos um texto, estamos atribuindo-lhe uma nova “roupagem” discursiva, embora mantendo a mesma ideia contida no texto original.
Vejamos:
Podemos notar que Carlos Drummond, pertencente à era Modernista, baseando-se na criação de Gonçalves Dias, nos apresenta outra versão, porém com o mesmo discurso poético.
A paródia reflete, por exemplo, uma nova intenção a um texto anterior. Ela consiste basicamente na apropriação de um texto primitivo