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A tendência mais radical do cinema experimental, ou do “Acinema” para Jean-
François Lyotard, é o cinema da imobilidade completa, representado por Snow e Andy
Warhol, em que a imagem é longamente explorada em busca de retirar uma experiência estética. Outra corrente é a da máxima mobilidade possível, ou seja, imagens difíceis de serem identificadas, como as obras de Peter Kubelka e Stan Brakhage. Ou ainda, o cinema da velocidade, em que diversos planos são super-encadeados, correspondendo muitas vezes a um único fotograma. As projeções do cinema experimental superam o tempo médio do cinema hegemônico de uma hora e meia, sendo assim, as obras são exibidas em museus e, por isso, é comum virmos o termo “cinema de museu”. Carlos Adriano faz uma ótima síntese das características do cinema experimental:
Os filmes experimentais de vanguarda não são feitos para vender, mas pelo prazer de criar, de alargar o repertório apriorístico e de desvendar outros territórios na aventura da percepção (como a poesia). A unidade básica de sua sintaxe não é mais o plano, mas o fotograma, que sofre toda sorte e azar de intervenções (riscar e pintar a película, colar e sobrepor materiais; manipular o foco e fusões, alterar velocidade e exposição de luz). Eles não querem atingir uma massa imensa de público, mas