SENECA
Acusado injustamente de fazer parte de um complô para matar o Imperador Nero, o filósofo Sêneca foi condenado a suicidar-se. Devido à sua morte e por tratar desse assunto em diversos dos seus textos, o filósofo está muito relacionado ao tema morte. O estoicismo de Sêneca Sêneca sempre se manteve fiel ao estoicismo grego, acreditando portanto na materialidade do real. Tudo para ele era material, até mesmo a alma. Segundo os estoicos, nossos sentidos eram excitados por algo externo e se houvesse harmonia entre a alma e o causador, era verdadeiro, se não, era falso. Defendia também, um deus não transcendente e nem que este esta vivamente presente na natureza. Acreditava que as coisas não aconteciam por causa de forças sobrenaturais e sim pelas relações de causa e efeito, ou seja, Sêneca acreditava na racionalidade do destino. Sendo algo universal, o destino é chamado de Providência, sendo que com perfeição, conecta todas as coisas e ainda assim, estabelece limitações para o conhecimento homem. Portanto, os estoicos diziam que a Providência possuía uma sabedoria acima à do homem, mas esse participa de tal sabedoria, já que, como já dito, os estoicos não acreditavam em transcendência. Quanto aos males, os estoicos os justificam como algo que é necessário para o desenvolvimento do universo e que são vistos da maneira que são graças à falta de conhecimento do homem. Portanto, o verdadeiro mal seria a desrazão, que gera o apego excessivo a bens indiferentes e a não aceitação da ordem, enquanto o verdadeiro bemé justamente o oposto: a razão. A consolação a Marcia Sêneca escreve uma carta a mãe que lamenta a morte do filho. Nela, o filósofo diz que as lágrimas são em vão, já que não vale se lamentar por algo que já estava previsto pelo destino, algo imutável. Além disso, não é racional entregar-se a melancolia e nem à dor. Porém, Sêneca não é tão