Seneca
Ainda criança (três anos), foi enviado a Roma para estudar oratória e filosofia. Com a saúde abalada pelo rigor dos estudos, passou uma temporada no Egito para se recuperar e regressou a Roma por volta do ano 31. Nessa ocasião, iniciou carreira como orador e advogado e logo chegou ao senado.
Em 41, foi acusado por Messalina, esposa do imperador Cláudio, de ter cometido adultério com Júlia Livila, sobrinha do imperador. Como consequência, foi exilado para a Córsega1 2 . No exílio, em meio a grandes privações materiais, Séneca dedicou-se aos estudos e redigiu vários de seus principais tratados filosóficos. Entre eles, os três intitulados Consolationes ("Consolos"), em que expõe os ideais estoicos clássicos de renúncia aos bens materiais e busca da tranquilidade da alma mediante o conhecimento e a contemplação.
Por influência de Agripina, a Jovem, sobrinha do imperador e uma das mulheres com quem este se casou, Séneca retornou a Roma em 49. Agripina tornou-o preceptor de seu filho, o jovem Nero,3 e elevou-o a pretor em 50. Séneca contraiu matrimônio com Pompeia Paulina e organizou um poderoso grupo de amigos.
Logo após a morte de Cláudio, ocorrida em 54, o escritor vingou-se com um escrito que foi considerado obra-prima das sátiras romanas, Apocolocyntosis divi Claudii ("Transformação em abóbora do divino Cláudio").4 Nessa obra, Séneca critica o autoritarismo do imperador e narra como ele é recusado pelos deuses. Seu irmão, Lúcio Júnio Gálio,5 também ridicularizou Cláudio, fazendo uma analogia com as pessoas executadas, que eram levadas ao Fórum Romano puxadas por ganchos: ele disse que Cláudio havia sido elevado aos