Senasp
Uma mãe enlutada é forçada a viver num mundoque não inclui a presença viva de seu filho ou possibilidade dela. Embora ela possa escolher entre lamentar ou não, ela não pode escolher viver em um mundo, onde ainda incluía seu filho. A mãe mais “normal” tentará viver seu mundo presente como se seufilho ainda estivesse vivo ou como se a morte não tivessealterado de maneira significativa sua vida, porém o poder coercivo da morte de seu filho derrota esses esforços. Ela se sente atacada tanto por seu luto quanto pela morte. Naquelas circunstâncias em que seu mundo anterior oferecia possibilidades aparentemente ilimitadas, seumundo presente exibe uma série de impossibilidadesangustiantes que a perseguem. Ela sente que deve lutar,todavia este sentimento é conflitivo. No oitavo mês deseu luto, a Sra. Fox começou a brigar com sua mãe idosa.“Eu não sei se estou brigando porque Matt não está aqui,ou se é somente o modo que estou me sentindo e eu não
A morte de um filho não é somente a morte de umcorpo ou um ser particular, mas a morte de um mundo co-constituído. É um mundo temporal vivido dia a dia, mês amês. “ A primeira vez eu fui à loja Penney”, disse a Sra.Fox, “ e vi os manequins com os lindos suéteres nos jovens de lá, eu fiquei em frente a eles e apenas solucei, porque Matt vestia muitos suéteres”. Discutindo este pequenino particular, os suéteres, A Sra. Fox contou-mealgo sobre o mundo de seu filho que para ela, incluía su
de seu corpo, especialmente seu estômago e braços,detém por seu filho. Luto: um fenômeno essencialmente paradoxal
O luto materno é um fenômeno essencialmenteconflitante, ou paradoxal
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, no qual uma mãe desejasuperar a morte, mas quer reter sua proximidade ao seufilho. Seu luto permite um “envolvimento” com seu filhoque amplia sua ambivalência quanto a “superar” a morte.Ela teme que toda relação com seu filho termine se o lutofor completado, embora queira esquecer seu filho a fimde escapar da dor de viver