Semiótica
“PARTE 1”
Os vários textos formam uma enciclopédia, um cita o outro, olham reciprocamente então o leitor competente (O leitor competente é aquele que, além do sentido das palavras, descobre também o significado das pausas, dos silêncios, da pontuação... Ler, neste sentido, é assumir uma postura ativa diante do que lemos ou escutamos. Só assim podemos ser leitores competentes e críticos, prontos para o exercício da cidadania, prontos para a vida.) deve ser capaz de captar essas remissões de um texto ao outro.
O conjunto de textos é chamado de intertexto, e o conhecimento do intertexto é denominado competência intertextual do destinatário ou leitor.
FORMAS DE INTERTEXTUALIDADE
O cinema, a televisão, as vinhetas dos jornais e a literatura humorística. EX: Paródia
Ocorre, aqui, um choque de interpretação, a voz do texto original é retomada para transformar seu sentido, leva o leitor a uma reflexão crítica de suas verdades incontestadas anteriormente, com esse processo há uma indagação sobre os dogmas estabelecidos e uma busca pela verdade real, concebida através do raciocínio e da crítica
Texto Original
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.
(Gonçalves Dias, “Canção do exílio”).
Paródia
Minha terra tem palmares onde gorjeia o mar os passarinhos daqui não cantam como os de lá.
(Oswald de Andrade, “Canto de regresso à pátria”).
O nome Palmares, escrito com letra minúscula, substitui a palavra palmeiras, há um contexto histórico, social e racial neste texto, Palmares é o quilombo liderado por Zumbi, foi dizimado em 1695, há uma inversão do sentido do texto primitivo que foi substituído pela crítica à escravidão existente no Brasil.
A competência intertextual do leitor deriva da experiência que ele possui de outros textos conhecidos anteriormente. Com base nisso, ele cria um repertório para si de roteiros relativos a cada GÊNERO DISCURSIVO. EXEMPLO 2
O expectador habitual de