Semiótica
A Primeiridade é a consciência imediata, o fresco e o novo, o espontâneo e o livre, seja um objeto, uma pessoa, ou ouvimos um som, pela primeira vez. Assim, a imagem que captamos é um ícone, pois ícone é o que reflete a relação do signo consigo mesmo. Não há nomes, nem conceitos que possamos dar quando observamos algo pela primeira vez, há apenas o estranhamento, mas pode ser imaginariamente criado. Por exemplo, o sabor de uma comida, ou um cheiro.
A secundidade é ação e reação dos fatos concretos. Ela é real, atual e didática. Remete a primeiridade que não tem nome, e a adiciona ao corpo material. É um mundo físico, com relação e dependência entre dois termos. A secundidade é a associação, a comparação da nossa sensação com uma lembrança. Assim, a imagem se torna índice, e ao contrário do ícone, o signo ganha relação com o objeto, mas ainda sem nome e sem conceito.
A Terceiridade junta a primeira e a segunda consciência em uma síntese através da ação inteligente, é a camada de pensamento em signos, que através dos quais representamos e interpretamos o mundo. Precisa do agente semiótico, que pode ser qualquer organismo. O signo é a concepção mais fácil de compreender a terceiridade, que é a representação, generalidade, infinitude, síntese, hábito e tempo. Enfim, tudo o que compreendemos, interpretamos e traduzimos, tem um movimento ininterrupto, pois só pensamos a partir de outro pensamento.