seminário de sociologia
Modos de Comunicação:
- Professores lamentam o que identificam como falta de vocabulário dos alunos, dificuldades de ingressar no mundo da escrita e da linguagem escolar. Essas percepções, em geral, COINCIDEM com com a percepção do universo dessas famílias carentes.
- há uma distância entre a linguagem dos alunos e a linguagem esperada na escola.
- A observação nas famílias e nos encontros dessas com a escola não permite inferir FALTA DE COMUNICAÇÂO, e sim práticas linguageiras – práticas cotidianas de linguagem – distantes das lógicas escolares de linguagem.
- Características dessas práticas linguageiras (Bernstein (1975), Lahire (1993), Labov(1978)
Linguagem contextualizada, ligadas a acontecimentos que estão ocorrendo ou vivenciadas em conjunto.
Linguagem caracterizada por subentendidos (expressões dicticas e dêiticas), sem referência explícita, ----explicar o que é Díctico: Palavra cujo significado faz referência à situação, ao contexto e aos interlocutores da enunciação Dêitico: Elemento que tem por objetivo localizar o fato no tempo e espaço sem definí-lo. Alguns pronomes demonstrativos podem ser expressões dêiticas bem como certos advérbios.
Comunicação não pedagógica, e sim prática, que visa a troca.
- A ligação entre o contexto conhecido dos interlocutores e a preponderancia do “nós” (do coletivo) sobre “eu” ( do indivíduo) na socialização dispensa a explicação necessária à comunicação escolar.
- implicações disso:
O fato de que os professores lamentam que os pais não fazem com seus filhos um trabalho explícito sobre a linguagem como troca educativa ( definindo coisas, desenvolvendo o vocabulário, correções gramaticais)
Diferenças lógicas representam dificuldades escolares.
Potencialidades de tensão entre família e escola, uma vez que famílias são vistas, eventualmente, como deficientes no plano linguístico.
RELAÇÃO COM O TEMPO
A questão das temporalidades também são diferentes no universo escolar e no universo das