Seminario Fernando
A dinâmica das águas de subsuperfície é uma das principais responsáveis pela deflagração dos movimentos de encostas, atuando tanto no aumento das solicitações, como na redução da resistência dos terrenos.
Os principais mecanismos de atuação das águas de subsuperfície no desencadeamento de escorregamentos são:
Diminuição da coesão aparente: maciços terrosos, com a permeabilidade crescente com a profundidade, tendem a formar linhas de fluxo subverticais, que aumentam o grau de saturação e diminuem os efeitos da coesão. Este processo pode levar os taludes à ruptura.
Elevação da coluna d’água em descontinuidades: o nível de água subterrâneo sofrem alteamentos mais intensos nos taludes rochosos pouco fraturados, quando comparados com os de maciços rochosos, em virtude de suas porosidades inferiores.
Os taludes estão sujeitos a alteamentos e rebaixamentos rápidos do nível d’água externo. Em taludes formados por relativamente permeáveis, alteamentos bruscos no nível d’água resultam em saturação e elevações rápidas do nível piezométrico no terreno, gerando rupturas. Terrenos marginais menos permeáveis, com rebaixamentos rápidos do nível d’água, não permitem a descida concomitante do nível piezométrico no talude, gerando pressões neutras e linhas defluxo desfavoráveis à estabilidade.
Chuva
As chuvas relacionam-se diretamente com a dinâmica das águas de superfície e subsuperfície e, portanto, influenciam a deflagração dos processos de instabilização de taludes e encostas. Ela atua como o principal agente não-antrópico no processo de escorregamentos.
Os índices pluviométricos críticos para a deflagração variam com o regime de infiltração no terreno, a dinâmica das águas subterrâneas no maciço e o tipo de instabilização.
Escorregamentos em rochas, que tendem a serem mais suscetíveis a chuvas concentradas; processos em solo, que dependem também dos índices pluviométricos acumulados nos dias anteriores e rupturas em áreas modificadas pelo