SELFIE EMOCIONAL
Em era de internet e da ascensão das redes sociais online, compartilhar a própria vida se tornou hábito cotidiano. Grande parte dos nossos relacionamentos, atualmente, é vivenciada a base de curtidas, comentários e cutucadas na rede social. A tecnologia na ponta dos dedos deixou o mundo conectado.
Neste cenário global, o antigo autorretrato se revestiu de um nome americanizado e ganhou status de atividade obrigatória pra quem está inserido nas redes sociais. O “selfie” está dominando a rede (e o comportamento)! Creio que o sucesso do “selfie” vem da possibilidade de “autoajustamento”: os filtros dos programas de edição de imagem nos permitem corrigir qualquer “imperfeição” (aos nossos olhos) e apresentar aos outros apenas o nosso “melhor”. Retocar, aumentar o brilho, remover a vermelhidão dos olhos... Todo mundo aparece na rede social totalmente recauchutado. Vou considerar isto como vantagem, negligenciando aqui questões como a autoaceitação da própria imagem, a superficialidade das relações virtuais, os padrões de beleza socialmente impostos, entre outras consequências... Assim, o lado positivo do “selfie” é, a princípio, a contemplação da própria imagem e a oportunidade de se ajustar! Pena não haver “selfies” no campo da emoção! É algo extremamente necessário.
Responda com sinceridade: qual foi a última vez que você se permitiu parar e olhar com atenção para suas próprias emoções? Cuidar das emoções é tão ou mais importante que cuidar do corpo e da aparência. Entender os processos humanos que estamos vivendo e nossa forma de reagir frente aos sabores e dissabores da vida nos faz mais preparados para enfrentar o mundo exterior, nos permite estar mais amadurecidos e livres nos nossos relacionamentos humanos. E é importante, também, saber identificar quando algo não está bem em nosso interior, para poder tomar providências no sentido de se