Uma dor nas costas, na perna, de cabeça; uma insônia, ansiedade, depressão, tem remédio para tudo. É muito frequente aquela dorzinha que incomoda aparecer em momementos impróprios e ao invés de esperar passar, pedimos a alguém perto um analgésico ou compramos rapidamente, com a finalidade de não sentir dor, de apasiguar o mais rápido possível. Mas, e quando essa tentativa de não sentir dor em momento algum se estende para outras áreas da vida, exemplo, a emocional? Nos tempos em que vivemos, parece que, principalmente nas redes sociais, o lema é ser feliz. A felicidade é quase uma obrigação no mundo digital, exemplo disso é observar as fotos do perfil de algum usuário do facebook. Quem,dentre nós, já viu alguém triste numa selfie? Não, nunca vimos, porque, infelizmente não existem aplicativos capazes de nos mostrar o estado de espírito da pessoa naquele momento da foto. Está feliz vai muito mais longe que simples lábios esticados, isso é expressão facial, e não felicidade. Felicidade é algo subjetivo e que cada um constrói. O grande problema dessa ''ditadura'' da felicidade é que as pessoas se acostumam à ela e, tudo que se refere à dor e sofrimento deve ser camuflado. Lembro-me de uma aula de Psicologia, onde a professora ao falar da Histeria em Freud, disse que, às vezes não é bom camuflar nossos sentimentos, a dor, dizia ela, é uma forma de amadurecermos, de aprendermos a lidar com os traumas. E é exatamente o que penso. Comparamos a vida a uma corrida. Digamos que um indivíduo sedentário resolve largar sua condição de ''parado'' e resolve correr para se exercitar. Nos primeiros dias ele sentirá dor muscular e até mesmo a respiração ofegante, sendo assim, ele terá duas escolhas: continuar ou desistir. Se ele continuar o músculo continuará a doer, mas com o tempo, esse músculo, outrora frágil, adquirirá resistência e ele irá melhorar sua saúde. A segunda opção, a de parar, será para ele a mais fácil, ficar na comodidade lhe deixará bem na sua zona de