Self made man
Atualmente é comum lermos, ouvirmos e debatermos histórias de pessoas que de certo modo conseguiram vencer na vida, referindo as que conseguiram enriquecer sozinhas, pessoas que prosperaram segundo elas pela própria autossuficiência sem a dependência de terceiros. Mas, será que é possível obter lucro e consequentemente tornar-se rico sem a ajuda de alguém e, conforme o caso com a ajuda de um trabalhador?
A expressão “vencer na vida” faz nos render a uma série de pensamentos e ideias segundo a forma e maneira pela qual ela é empregada, para que se encaixe perfeitamente na sua compreensão. Vencer na vida não é necessariamente ser enterrado num caixão de luxo. Pode-se dizer que sua definição é fundamentada em dois pontos: o princípio e o produto, sendo o primeiro o surgimento, ponto de partida a formação e o outro, o resultado de um esforço, de um trabalho, consequência da produção.
Convém dizer que ser justo é explorar um trabalhador, desconhecendo seus méritos, e no final ostentar-se de que tudo o que conseguiu foi por mérito próprio. Ou até mesmo, que um caixão com coroas de flores, dedicatórias, onde dentro está um nobre que durante seu trajeto quando vivo se levantou pelas “próprias mãos”, quantas vezes rudes, calejadas e tudo o mais, conseguiu ingressar seu filho numa faculdade e com o pouco que tinha também amparou sua família, não venceu na vida?
Retomando ao assunto daqueles que enriqueceram na vida e como efeito obtiveram tudo sozinha, é ocultar todo o conjunto participativo que foi necessário para o produto. Pois não há como negar a relação de dependência para a transformação de um produto. É possível fazer um pneu sem a borracha? Construir um computador sem peças? Ou até mesmo fazer roupa sem tecidos específicos? Claro que não!
Portanto, ser enterrado num caixão de luxo não é sinônimo de quem venceu na vida, pois da maneira como se inicia e no final como termina dependendo da ocasião, é que lhe trará a sensação de quem