Seis comentários sobre seis equívocos a respeito da reforma agrária no brasil
O artigo analisa seis argumentos equívocos a respeito da Reforma Agrária no Brasil dos dias atuais.
A reforma agrária levanta argumentos favoráveis e contrários o que aponta fatos políticos, sociais, e econômicos. Cita Tavares para mencionar que no Brasil houve um reducionismo da concepção de Reforma Agrária a partir das décadas de 60 e 70, colocada como política de terras, tirando seu significado econômico de formação de um mercado interno.
O discurso em prol do produtivismo (sobre bases financeiras, tecnológicas e institucionais) e a forte orientação agroexportadora imposta a atividade agropecuária, principalmente a partir de 1999, contribuiu para reforçar este reducionismo falado por Tavares.
Cita Palmeira e Leite (1998) na qual os efeitos nem sempre perversos como: a afirmação política do campesinato, o caráter da intervenção do Estado no setor rural, a migração rural-urbana, a organização e representação dos interesses de diversos atores sociais (em particular a Igreja Católica), a emergência dos assentamentos rurais no período mais recente. E que por um lado, a progressiva ilegitimação das formas tradicionais de dominação, associada à incapacidade do Estado de gerar novas formas de legitimidade é o que têm levado à multiplicação dos conflitos e à ampliação do seu "âmbito".
Também expõe que não são mais apenas conflitos em torno da terra, mas também da construção de obras públicas, da assistência governamental nas situações de calamidade, do meio ambiente, da assistência médica, etc.
Argumenta que as vantagens asseguradas pelo Estado atraíram para as atividades agropecuárias e agroindustriais capitais das mais diversas origens, gerando coalizão de interesses. E a modernização, o aumento do peso político dos proprietários de terras, modernos e tradicionais.
Entretanto, para Leite o peso dos interesses contrários no interior do Estado é suficientemente grande para imobilizar