Seio bom e seio mau
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS
CURSO DE PSICOLOGIA
DESDOBRAMENTO DA TEORIA PSICANALÍTICA
MELANIE KLEIN- SEIO BOM E SEIO MAU
CAMPUS SWIFT- CAMPINAS
2014
A partir da pesquisa clínica de Melanie Klein, a psicanálise se depara com o dinamismo das relações do psiquismo em seus estágios iniciais com o mundo externo e, em particular, com o primeiro representante do mundo externo, a mãe (seio materno).
A primeira relação objetal do bebê ocorre com o chamado seio bom ou seio mau. "Sob o predomínio dos impulsos orais, o seio é instintivamente sentido como sendo a fonte de nutrição e, portanto, num sentido mais profundo, da própria vida" (Klein, 1957, p.210).
Dependendo da "capacidade do bebê de investir suficientemente o seio ou seu representante simbólico, a mamadeira", restaura-se a perdida unidade pré-natal e o senso de segurança que a acompanha. Se isto acontecer, o "seio bom é tomado para dentro e torna-se parte do ego, e o bebê, que antes estava dentro da mãe, tem agora a mãe dentro de si" (Klein, 1957, p.210). Como mãe nunca está sempre presente na vida bebê para amamentá-lo ela se torna ausente e o bebê com isso inaugura o processo de clivagem em sua subjetividade. Ele percebe o seio como “bom” porque o amamenta e como “mau” porque se ausenta. Porém, o objeto mau é projetado para fora do bebê como sendo perseguidores e destruidores do objeto bom.
REFERÊNCIAL TEÓRICO:
COSTA, Teresinha. Psicanálise com crianças. Rio de Janeiro: Ed. Jorge Zahar, 2007.
Girola, Roberto Guido. "Violência e saúde: uma perspectiva psicanalítica." Revista Bioética 12.2 (2009). Disponível em: http://www.revistabioetica.cfm.org.br/index.php/revista_bioetica/article/view/137/141 (acessado em 07/09/2014)