Segurança e saíde no trabalho
A idéia desse estudo surgiu a partir da prática de enfermagem dos autores, quando, em atividades hospitalares, identificaram pacientes com Transtornos Mentais (TM) aparentemente relacionados ao trabalho. Este fato causou preocupação, pois trabalhar deveria ser uma circunstância de vida a ser experimentada com dignidade e bem estar, não com adoecimentos físicos e/ou psíquicos. Alterações do funcionamento mental, os TM prejudicam o desempenho da pessoa na vida familiar, social, pessoal, laboral, nos estudos, na compreensão dela mesma e dos outros, na possibilidade de autocrítica, na tolerância aos problemas e na possibilidade de ter prazer na vida em geral. Surgem quando as exigências do meio e do trabalho ultrapassam a capacidade de adaptação do sujeito, tornando amplos os sentimentos de indignidade e inutilidade, alimentando a sensação de adoecimento intelectual e falta de imaginação e, consequentemente, afetando o comportamento produtivo.
No Brasil, os TM têm causado incapacidade grave e definitiva, inclusive, de executar atividades laborais; as taxas de mortalidade são elevadas, com prejuízos nas funções sociais e físicas e existência de aposentadoria precoce. Em seus mais diversos enunciados o termo Saúde/Qualidade de vida encontra-se inserido no âmbito do bem-estar físico, psíquico, espiritual, moral, social, econômico, entre outros. Porém, face aos graus de desequilíbrio e contrastes em que vive o Homem nos dias de hoje, somos obrigados a admitir que ainda estejamos longe do ideal desejado. Segundo Nahas (2001) a qualidade de vida difere de pessoa para pessoa, mas o seu conceito geral envolve: estado de saúde, longevidade, satisfação no trabalho, salário, lazer, relações familiares, disposição, prazer e até espiritualidade. Inicialmente, alguns estudos enfatizavam aspectos materiais, como salário, sucesso na carreira e bens adquiridos. Recentemente, porém, tem-se evoluído para uma valorização de fatores como satisfação, realização pessoal,