Seguran A Dos Alimentos Na Produ O De Org Nicos

Segurança dos alimentos na produção de orgânicos

1 - INTRODUÇÃO

A sustentabilidade é considerada um caminho natural a todos os setores produtivos existentes no Brasil, em especial o agronegócio. Conforme Machiavelli (2009), atualmente, produzir e consumir com responsabilidade ambiental e social é imprescindível, porem existe um custo agregado a isto que precisa ser equacionado em parcerias com todos os setores: Estado, produtores, mercado e consumidores. Podemos definir o sistema de pecuária orgânica, segundo Figueiredo e Soares (2012), como toda aquela que mantém uma visão holística da propriedade integrando produção animal e vegetal. Nesse método de produção não é permitido o uso de agrotóxicos, medicamentos químicos, hormônios sintéticos, transgênicos, e inclui ações de conservação dos recursos naturais, considerando aspectos éticos nas relações sociais internas da propriedade e no trato com os animais.
O objetivo da produção orgânica, fora os preceitos de sustentabilidade ambiental e social é a produção de alimentos sem resíduos químicos. Uma das propostas de qualidade e segurança dos produtos orgânicos para evitar a contaminação microbiológica, química e física e garantir a inocuidade do produto final e a segurança alimentar é a implementação do APPCC – Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle, que já é exigida nas empresas de produção e distribuição de alimentos, segundo a Portaria 46/1998 do Ministério da Agricultura e sugerida em diretrizes do Codex Alimentarius para produção de orgânicos. Este sistema abrange todas as etapas de produção de um alimento, desde a produção vegetal ou animal no campo, a industrialização, a manipulação, os sistemas de distribuição até o alimento a ser consumido, determinando a prevenção da contaminação durante cada etapa do processo produtivo e não somente a inspeção do produto final. Além disso, ele tem como pré-requisitos as boas práticas agropecuárias (BPA) e boas práticas de fabricação (BPF). Outra garantia de