Segunda Fase do Modernismo
A segunda fase do Modernismo é formada por autores preocupados com o caráter social de suas obras. Influenciados pelas mudanças causadas pela revolução de 30 e pela crise de 29, esses escritores se tornaram mais engajados e preocupados com os problemas sociais vividos pelo povo brasileiro. Nesse período, o romance é um retrato da realidade brasileira. Durante 1930 e 1945, o regionalismo ganha destaque dos autores, pois facilita essa retratação do povo brasileiro e ajuda a intensificar a relação entre os personagens e o meio onde vivem. O nordeste foi uma das regiões mais exploradas nos romances da época tendo seus engenhos e a seca retratados. Entre os mais importantes autores do período estão José Lins do Rego, Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, Jorge Amado e Érico Veríssimo. Esses escritores e algumas de suas obras serão mencionados em outra seção do trabalho, bem como sua relação com o contexto da segunda fase modernista.
1. Principais autores da 2ª geração modernista (Prosa):
1.1 Rachel de Queiroz Nascida em Fortaleza (CE), no dia 17 de novembro de 1910.
A escritora inaugurou o ciclo do romance nordestino, de fundo social, com a publicação de O Quinze, em 1930, a crítica carioca da época recebeu com entusiasmo a obra e concedeu-lhe em 1931o prêmio da "Fundação Graça Aranha". A partir daí, Rachel destacou-se no cenário literário brasileiro.
Em 1950, escreveu O Galo de Ouro, que foi divulgado em folhetins pela revista O Cruzeiro e publicado em livro apenas em 1985.
Nos anos 1930, no Rio de Janeiro, ela conheceu integrantes do Partido Comunista Brasileiro, ao qual se filiou e ajudou a fundar a sede cearense do partido. Porém, rompeu com a militância quando quiseram censurar o seu livro João Miguel.
Durante o Estado Novo (1937-1945), seus livros foram banidos sob a acusação de serem literatura subversiva, junto com obras de outros autores, como Jorge Amado, José Lins do Rego e Graciliano Ramos.