Segunda Fase do Modernismo
A segunda fase do Modernismo é um período que vai de 1930 á 1945. A década de 1930 começa com um forte impacto da quebra na Bolsa de Valores em Nova Iorque, o que ocasiona uma “Grande Depressão”, que é o colapso financeiro internacional, caracterizado pelas paralisações das fábricas, o desemprego, a fome e a miséria generalizadas. Essa “Depressão” agravou questões políticas e sociais, provocando choques ideológicos.
No Brasil, em 1930 temos o fim da República Velha, o domínio das velhas oligarquias ligadas ao café e o início do longo período em que Vargas permaneceu no poder. Em 1937, Getúlio Vargas inicia sua ditadura, o chamado Estado Novo, é um período antidemocrático, baseado no nacionalismo conservador. Essa situação se prolonga até 1945, quando pressionado ele renuncia seu posto. Esse fato é marcado por um poema de Carlos Drummond de Andrade, chamado "Nosso tempo", que revela o estado de ânimo da parcela mais consciente da sociedade.
Uma das principais características do romance brasileiro é o encontro do escritor com seu povo. Há uma busca do homem brasileiro nas diversas regiões, por isso o regionalismo ganha importância, com destaque às relações do personagem com o meio natural e social. Para mostrar a desigualdade, o descaso e a regionalização, alguns autores se destacam com obras-primas que relatam tais elementos.
Um deles é Graciliano Ramos que nasceu em 27 de outubro de 1892, em Quebrângulo, sertão de Alagoas, era o primeiro dos dezesseis filhos de Sebastião e Maria Amélia. Cresceu enfrentando não só a seca, como as surras aplicadas pelo pai, o que o fez acreditar que as relações humanas são movidas á base de violência. Um dos seus livros mais famosos chama-se Vidas Secas, publicado em 1938, retrata a vida miserável de uma família de retirantes sertanejos obrigada a se deslocar de tempos em tempos para áreas menos castigadas pela seca. A obra pertence à segunda fase modernista, conhecida como regionalista, e é