Segunda fase do Modernismo
Romances caracterizados pela denúncia, na prosa houve grande interesse por temas nacionais, uma linguagem mais brasileira com um enfoque mais direto dos fatos marcados pelo Realismo-Naturalismo. Na prosa, atingiu-se elevado grau de tensão nas relações do "eu" com o mundo; é o encontro do escritor com seu povo. Havia uma busca do homem brasileiro nas várias regiões, por isso, o regionalismo ganhou importância, com destaque às relações da personagem com o meio natural e social (seca, migração, problemas do trabalhador rural, miséria, ignorância).
Este presente trabalho trata dos principais autores da região do nordeste brasileiro, durante a segunda fase do modernismo (1930-1945).
Raquel de Queiróz
Biografia
Rachel de Queiroz nasceu em Fortaleza, Ceará. Era prima de José de Alencar (autor de “O Guarani”). Fugindo dos horrores da seca de 1915, em julho de 1917 transfere-se com sua família para o Rio de Janeiro, fato esse que seria mais tarde aproveitado pela escritora como tema de seu livro de estréia, "O Quinze", ainda não tinha completado vinte anos quando publicou este primeiro romance. O livro é lançado em 1930. Diante da reação reticente dos críticos cearenses, remete o livro para o Rio de Janeiro e São Paulo, sendo elogiado por Augusto Frederico Schmidt e Mário de Andrade. O livro logo transformaria Rachel numa personalidade literária. Rachel foi a primeira mulher a ser eleita para a Academia Brasileira de Letras. Em março de 1931, recebe no Rio de Janeiro o prêmio de romance da Fundação Graça Aranha. Em 1932, seu segundo romance, "João Miguel", estava pronto para ser levado ao editor quando a autora é informada de que deveria submetê-lo a um comitê antes de publicá-lo, sendo este reprovado pelo partido comunista cearense, por um operário matar o outro na história. Publica o livro pela editora Schmidt, do Rio, e muda-se para São Paulo. O lançamento do romance "Caminho de Pedras", pela José Olympio - Rio, se dá em 1937, que seria