Segue o Teu Destino de Ricardo Reis
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Introdução
Segue o Teu Destino de Ricardo Reis foi o poema que eu escolhi pois senti que estou numa fase critica da minha vida em que não sei o que fazer ou pensar do meu futuro. Após ler o poema pela primeira vez, apercebi-me rapidamente da mensagem e quis passa-la aos meus colegas porque também eles podem estar a ter as mesmas dúvidas que eu em relação ao que querem fazer. Ricardo Reis é um poeta epicurista e foi isso que me cativou nele. Eu, também, sou um pouco epicurista e, na minha vida também tive que aprender a lidar com certas situações e a aproveitar o dia.
Ricardo Reis – O Poeta da Razão
Ricardo Reis, heterónimo de Fernando Pessoa, é o poeta clássico, da serenidade epicurista, que aceita, com calma lucidez, a relatividade e a fugacidade de todas as coisas. “Vem sentar-te comigo Lídia, à beira do rio”, “Prefiro rosas, meu amor, à pátria” ou “Segue o teu destino” são poemas que nos mostram que este discípulo de Caeiro aceita a antiga crença nos deuses, enquanto disciplinadora das nossas emoções e sentimentos, mas defende, sobretudo, a busca de uma felicidade relativa alcançada pela indiferença à perturbação. Nasceu a19 de setembro de 1887 e morreu a 1936.
A filosofia de Ricardo Reis é a de um epicurismo triste, pois defende o prazer do momento, o “carpe diem”, como caminho da felicidade, mas sem ceder aos impulsos dos instintos. Apesar deste prazer que procura e da felicidade que deseja alcançar, considera que nunca se consegue a verdadeira calma e tranquilidade – ataraxia.
Ricardo Reis propõe, pois, uma filosofia moral de acordo com os princípios do epicurismo e uma filosofia estóica:
- “Carpe diem” (aproveitai o dia), ou seja, aproveitai a vida em cada dia, como caminho da felicidade;
- Buscar a felicidade com tranquilidade (ataraxia);
- Não ceder aos impulsos dos instintos (estoicismo);
- Procurar a calma, ou pelo menos, a sua ilusão;
- Seguir o ideal ético da apatia que permite a