Homem e Sociedade
Instituto de Ciências da Saúde
Curso de Fisioterapia
2°Semestre
Ariane de Souza Medeiros
Rosana Alves da Silva
DISCIPLINA DE ANATOMIA:
Adaptações Neuromusculares de Flexores Dorsais e plantares a duas semanas de imobilização após entorse de tornozelo
BAURU
2013
INTRODUÇÃO
A entorse de tornozelo é uma das lesões musculoesqueléticas agudas de maior acometimento na população mundial(1,2). O mecanismo de inversão corresponde à grande maioria dos casos e a severidade da lesão é comumente classificada em três graus que definem o prognóstico e protocolo de tratamento(2). Embora alguns casos mais graves possuam uma controversa indicação cirúrgica, a grande maioria é tratada de forma conservadora utilizando o método PRICE (proteção, repouso, gelo, compressão e elevação), o tratamento farmacológico (anti-inflamatórios não esteroidais, por exemplo), a imobilização e o tratamento cinesioterapêutico(1-3).
Apesar de a entorse ser comumente relacionada à lesão LIGAMENTAR, estruturas capsulares, tendinosas e musculares estão sujeitas a prejuízos tanto pelo trauma agudo de origem mecânica, quanto pelo desuso promovido pela imobilização. O tecido muscular constitui um dos tecidos mais dinâmicos do organismo humano, apresentando elevada capacidade de adaptação a diferentes estímulos (plasticidade neuromuscular)(4). O efeito da redução de uso sobre a função neuromuscular tem sido amplamente estudado em modelo animal(5-8) e humano(9-14). Em geral, o que se tem observado é uma redução da capacidade de produção de força, do volume, da ativação elétrica e da concentração de fibras lentas-oxidativas no músculo. Além disso, de acordo com o comprimento em que o músculo é imobilizado, podem ocorrer alterações na relação força-comprimento.
Os estudos com redução de uso em humanos utilizam como modelo experimental, além da imobilização, o confinamento ao leito, a