Segrega o Social
A desigualdade Socioeconômica nas cidades, somada a falta de planejamento e gestão pública, gera o grave fator chamado de Segregação Social. Onde apenas quem ocupa um alto lugar na sociedade, pode usufruir dos benefícios residir nas áreas centrais, e aqueles de menor poder econômico, serem induzidos a se deslocar as áreas periféricas ou optar por manter moradia irregular nos centro das cidades.
Esta situação é de questão cultural, presente na vida urbana há muitos séculos. Um grande exemplo de segregação social pode ser visto em Paris com a Reforma de Haussmann, que revolucionou a forma de viver em sociedade no local, passando de uma cidade onde pessoas de diversas classes sociais conviviam e um mesmo espaço, para o modelo de organização existente até os dias de hoje.
No Brasil, cidades como o Rio de Janeiro passaram por uma reforma semelhante a Paris. Não se pode dizer que não houve benefícios, pois no Rio de Janeiro anterior a Reforma Pereira Passos, onde viviam mescladas as classes sociais, era inexistente o planejamento urbano, assim como serviços como saneamento básico, que onde existiam eram precários, causando diversos problemas como grandes epidemias, lixo a céu aberto em meio a cidade, e moradias com condições de vida arriscada, e após a mudança muitos desses problemas foram amenizados, vias foram alargadas devido a nova necessidade de transporte para as mesmas, e garantiu a qualidade de vida para aquela pequena parcela população, que faziam posse de boa parte da renda da cidade.
Porém uma questão crucial dessa nova organização espacial foi a grande elevação do índice de segregação, já que a prioridade era deixar o centro da cidade um local belo, porém sem muito se pensar na realocação dos menos favorecidos, fazendo com que esses se deslocassem ao subúrbio, ou passassem a habitar locais de risco, como por exemplo, morros e encostas de rios, formando assim o que conhecemos hoje como favelas.
Para a população desfavorecida, morar próximo