A escola não é uma corporação. Ainda que hoje a função do Estado esteja muito reduzida em relação ao passado e se fale de gestão profissional em praticamente todas as áreas, a verdade é que a escola como instituição tem uma missão e um conjunto de objetivos próprios e diferentes dos de uma corporação. A escola representa o único mecanismo que pode promover a igualdade de acesso dos cidadãos ás oportunidades, sem que se pretenda nunca um papel paternal e protecionista; a escola é a única entidade que pode ter um papel promotor em vez de remedi ativo. A escola representa o investimento de uma sociedade numa nova geração e não nos problemas passados ou atuais. Segundo Moscovici (1978) a construção dos aspectos sociais acontece a partir de determinados fenômenos, entre eles a focalização. Esta se refere à indireta e empenho de determinados grupos por certos aspectos do objeto, resultando em uma visão fragmentada dos mesmos. Pode-se pensar que cada grupo se interessa pelos aspectos que são lógicos com a sua visão de mundo, buscando proteger a sua identidade. Podemos, pois, sem cair em metáforas circulares e reducionistas, lucrar da organização empresa, a lição de um empenho de adequação pela sobrevivência que não permite nunca a opção confortável da negação da mudança. Este empenho de transformação obrigou a empresa de hoje a mudar conceitos, métodos e estratégias, a relativizar o certo e o errado, a centrar-se nos seus objetivos de crescimento em detrimento dos processos, dos usos e dos costumes. A atividade desta organização consiste na prestação de um serviço em nível da educação. Este serviço tem a particularidade de ser gratuito e obrigatório, na medida em que os "clientes" têm obrigatoriamente que recorrer a este serviço. Não podemos, portanto falar de forma estrita num negócio, uma vez que não existe o conceito clássico de troca de bens ou serviços. Ainda que possamos recorrer a esta analogia para analisar determinados aspectos