Seca em Pernambuco
O Estado de Pernambuco tem 70% do seu território localizado no semi-árido nordestino, área também denominada de Polígono das Secas. Como qualquer outra região semi-árida do mundo, o Nordeste brasileiro sempre estará sujeito a secas periódicas. Isto porque uma das características naturais desse tipo de região é ter chuvas irregulares e mal distribuídas geograficamente. Até hoje, a seca considerada mais arrasadora foi a ocorrida em 1877, que durou três anos e atingiu todos os estados do Nordeste. Durante essa estiagem, calcula-se que morreram 500 mil pessoas, o equivalente à metade da população do semi-árido. Foi nessa época que o problema das secas no Nordeste passou a ser considerado de âmbito nacional.
O governo federal criou um "programa de emergência" que consistia na liberação de recursos para pagar um salário aos agricultores que passaram a trabalhar na construção de obras na região. Obras que, teoricamente, poderiam amenizar os efeitos da próxima estiagem: a perfuração de poços tubulares, a construção de cacimbas, pequenos açudes, etc. O programa de emergência chegou a ter 1,4 milhões de nordestinos alistados e as obras ou foram abandonadas pela metade ou se mostraram ineficientes, porque não tiveram nenhum planejamento técnico; constituíam apenas uma ocupação para os agricultores flagelados pela seca, gerando subempregos e, de certa forma, evitando a migração e o êxodo rural.
Em 2013 Pernambuco está entrando no segundo ano consecutivo de seca, com efeitos danosos para a população, 144 municípios de Pernambuco estão em situação de emergência, correspondendo a 78% do total do Estado, que é de 184, de acordo resultados da pesquisa feita pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), é o estado do Nordeste com maior número de municípios atingidos pela seca. De acordo com a Associação Municipalista de
Pernambuco (Amupe), o prejuízo chega a R$ 1,5 bilhão na pecuária, com 72% de queda na produção de leite devido à