Saúde pública: ficção x realidade
Joys Dias de Assis Brait RA 1141264
Samila Jéssica Pereira RA 1141266
Ao notarmos a qualidade do tratamento recebido pela paciente na situação 1, não é preciso ter utilizado o sistema de saúde pública brasileira com uma doença terminal ou sem cura para perceber a discrepância da realidade. Médicos atenciosos, com disponibilidade de tempo para ouvir anseios e queixas de seus pacientes, reunindo todo o arsenal necessário para melhorar a qualidade de vida, atingindo às vezes até a sobrevida do indivíduo... Só na ficção.
Na realidade, médicos dispostos a praticar a medicina paliativa são em número tão pequeno que não conseguem atender a demanda.
O que percebemos na maioria dos hospitais é superlotação, com escassos recursos materiais e humanos, que mal atendem pacientes de urgência. Medicina paliativa? Pacientes terminais são descartados como objetos sem conserto, o sistema não sabe mais o que fazer com elas, então... Por que investir tempo e recurso em casos sem solução?
Sem fazer jus ao sentido etimológico da palavra, alguns médicos desconsideram o tratamento paliativo por considerá-lo uma “consolação” para o paciente terminal. Esquecem que por trás de um paciente existe toda uma estrutura familiar e emocional que deve ser tratada. Por receber um tratamento tão precário e indiferente, outros problemas são desencadeados, como dificuldade de colaboração do paciente no tratamento, menor adesão aos medicamentos, maior permanência hospitalar, e até morte precoce.
Tudo isso gera um enorme abismo entre médico e paciente, abismo esse alimentado pelo sistema de saúde pública brasileira, conforme demonstrado na situação 2, que nega, gritantemente a ficção apresentada na situação