Saúde Publica
O texto a seguir irá tratar da dificuldade de realização do exame de cariótipo para confirmação ou exclusão de que uma pessoa tem ou não a alteração genética da Trissomia do Cromossomo 21, mais conhecida como síndrome de Down. Mas a dificuldade não diz respeito ao exame para detecção da síndrome de Down, mas, sim, para detecção de praticamente todas as alterações genéticas. A dificuldade consiste na ausência de laboratórios de genética na rede pública de saúde. Ao final do texto, disponibilizaremos o e-mail do Ministro da Saúde, e rogamos a todos que lerem o texto que retransmitam a mensagem ao responsável por ditar as políticas públicas de saúde no Brasil.
Primeiro, vamos à casuística, que ilustra a dificuldade dos profissionais de saúde e pais de crianças que apresentam indícios de alterações genéticas e que necessitam da realização de exames genéticos. O exemplo será de uma situação acontecida no Distrito Federal, Capital da República, local em que, pelo menos em tese, a situação da saúde pública não deveria ser tão caótica.
Nos primeiros dias de novembro, nasceu o quarto filho de Sheila, no Hospital Regional da Asa Norte – HRAN, próximo ao Congresso Nacional, ao Palácio do Planalto e ao Ministério da Saúde. As pediatras neonatais logo suspeitaram que a criança tinha síndrome de Down. Para confirmar a constatação, necessário a realização do exame genético conhecido como cariótipo. De posse da confirmação, Sheila, pessoa pobre e residente no entorno do Distrito Federal, poderá solicitar um benefício previdenciário para auxiliar nos cuidados da criança. O exame é simples, colhe-se um pouco de sangue da criança e o envia para ser analisado em um laboratório de genética.
Simples, tecnicamente, mas difícil de ser obtido na realidade cotidiana de inúmeros brasilienses. O único hospital pública que realiza o exame, no Distrito Federal, é o HUB – Hospital Universitário de Brasília, em que há disponibilidade