SAUDE PUBLICA

Pesquisadores em saúde pública: o retrato de uma comunidade brasileira

Angela Maria Belloni Cuenca**
Daisy Pires Noronha***
Ana Cristina d’Andretta Tanaka****

Resumo: Estudo descritivo que objetiva conhecer as características sóciodemográficas e acadêmicas dos pesquisadores brasileiros da área de saúde pública. A população estudada foi constituída por 237 pesquisadores dos nove Programas de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, níveis mestrado e doutorado, constantes no sistema CAPES, em 2001. A coleta de dados foi elaborada por meio de questionário eletrônico, respondido via Web, cujo módulo inicial foi destinado a caracterizar o pesquisador segundo a faixa etária, áreas de formação, titulação e atuação acadêmica, e o tempo dedicado às atividades acadêmicas e científicas. Também foi verificado uso da Internet no seu dia-a-dia acadêmico. O retorno dos questionários foi de 63.7% A análise realizada permite destacar que a maioria dos pesquisadores encontra-se na faixa etária entre 41 e 60 anos, grande parte trabalhando em regime de tempo integral e dedicando-se exclusivamente às suas atividades acadêmico-científicas, em instituições públicas, principalmente universidades. São docentes experientes no ensino da pós-graduação, pois a maioria atua nesse segmento da carreira acadêmica há mais de dez anos. A comunidade estudada teve sua formação acadêmica básica principalmente na área das ciências biológicas, com destaque para a medicina. Quanto à categoria temática que atuam, de acordo com o DeCS – Descritores em Ciências da Saúde, destacam-se as especialidades “Epidemiologia e Bioestatística” e “Administração e Planejamento de Saúde”. A quase totalidade (94,9%) da comunidade acadêmica estudada utiliza a internet para suas atividades acadêmico-científicas, e grande parte o faz com propósitos principalmente de comunicação, acessando diariamente o correio eletrônico. Dentre os recursos da internet, o correio eletrônico é o mais utilizado pela grande maioria (96,9%), sendo